Falando de mim

Vamos falar de mim
Eu realmente não sei o que dizer
Entre perfis de flog's e blog's, orkut's e messenger's
Sempre me escondo, ou me mostro
por trás de alguma música, trecho ou poesia
Que não sejam meus, é claro
Pra dar o ar da sutil ambigüidade
É a primeira vez que tento escrever sobre mim
Fruto de um amadurecimento pessoal
Ou de estar cursando psicologia, não sei
O que surge são interrogações
Não é uma tentativa de falar sobre a pessoa marina, a vida da marina,
O que ela gosta, como ela se comporta
Mas a marina em essência, o seu interior
Ela é o que ela demonstra ser ou ela é algo mais que isso?
Sempre preferi acreditar que somos mais que ações e gestos
Somos mais que palavras, mais do que pensamos que somos
Tento escrever em busca desse mais
Às vezes quando falo de mim,
Do meu interior, dos meus pensamentos
Sinto um certo receio
Uma angústia
Não sei se estou falando o que sou, ou se é como eu quero que me vejam
Um senso crítico de mim mesma, sempre me questiono sobre isso
Encobrir ou disfarçar, o que quer que seja
Não é intencional
Quando faço isso aos outros, faço a mim mesma também
Possuo algumas certezas sobre mim
Mas sinto-as tão frágeis frente à imensidão de uma vida
Frente às inúmeras experiências que ainda vou passar
Sei que sou uma pessoa transparente
Mas pra ser transparente preciso ter certeza daquilo que vou expor
Se não sei, sou opaca, prefiro não comentar
Às vezes me forço a dizer
Mas soam falsas, incertas
Melhor calar-me
E não me force a dizer
No fundo, dói não saber




(falando e não dizendo nada; ou quase nada.. fica pra próxima uma poesia mais direta sobre mim)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Eternização

Sentiremos
que a vida fugirá dos nossos dedos
quando tentarmos agarrar
cada centímetro de coração
cada tempo fugidio
cada instante que não parou
Estes não serão amarrados
nem por fotografias
cartas ou poesias
Não perderão seu sentido
não importe quanto tempo passar
Deveriamos
aproveitar cada gota da água
que mata nossa sede
cada passeio
cada pôr-do-sol
viver
simplesmente viver
sem tentar enjaular nenhuma sensação
deixá-las livres para percorrer nossos sentimentos
nossos pensamentos, sem intenção
e ai torná-las parte de nós
uma extensão do que somos
eternização

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Música que fala por mim

(...)Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida e tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência (...)

[Paciência - Lenine]



Algumas músicas falam por nós,
algumas são tão fieis aos meus sentimentos que eu penso que eu mesma poderia ter escrito, se não fosse por minhas próprias limitações, é claro.
Mas é muito lindo mesmo isso, o poder que tem a arte de ser tão subjetiva e ao mesmo tempo tão universal,
de ser tão única e tão peculiar e mesmo assim fazer com que milhões de pessoas se indetifiquem de alguma forma, seja uma estrofe, seja uma frase.


Nesses ultimos tempos tenho fingido ter paciência
aos atropelos do fim de ano,
e ao início do outro ano, que ainda não começou
mas pra mim ta sendo so uma continuação
sem nenhuma pausa pra digerir o ano anterior
A vida não para?
=~

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

 
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