Hoje, guardo a lembrança.

O suor escorria pelo meu rosto, o sol no ângulo mais alto do céu aquecia a ilha, 27 de novembro de 2007, o celular toca, através deste, a notícia de que um próximo possível encontro seria adiado, não mais o veria, não mais o abraçaria, por um longuíssimo período de tempo. Permaneço estática, hoje consigo ver com clareza, o que naquele dia eram apenas nuvens dentro de mim, a ficha não caiu, não caiu pra ninguém. A notícia não havia sido convincente, não conseguia convencer a mim mesma de que não deveria ter mais esperanças, havia sido estantânea. Nesse dia percebi, o quanto é dificil acabar com a esperança, como é dificil aceitar uma noticia dura, precisa e sem volta; como é dificil se conformar com a nossa humilde impotencia diante dos fatos.
O pior ainda estava por vir, quando me reuni aos outros, pude perceber que era real, tive então que ser forte, pra ajuda-los a segurar suas dores mais pesadas, e o que mais doia em mim, era perceber, que por mais que eu permanecesse ali do lado, não era o suficiente para impedir que eles sofressem. Elas em especial, guardavam os sonhos de compartilhar com ele tantos momentos grandiosos na vida. Era muito dificil aceitar que não poderiamos mais dividir nossos momentos à pessoa mais cheia de vida e de alegria que conheciamos. Da dor, nasce o laço forte, todos os braços se organizam em formato de apoio, a união fez brotar, no dia mais triste da minha vida, um profundo sentimento de satisfação, agora a esperança era outra, a esperança era que tudo poderia voltar a ficar bem.
O ultimo olhar, o ultimo toque, o ultimo Adeus, não foi dado à ele, mas a sua imagem representativa. À ele chegam as nossas preces, o nosso amor, carinho e enorme admiração.
1 ano se passou, e relembro todo esse dia em sua extrema dor, mas não tardo em me lembrar que dessa dor nasceu grandiosos ensinamentos.
Até em sua partida, deixou à nós sólidas representações do seu amor incondicional.
Eu permaneço com você, em preces e em sentimentos.
(Ao meu tio, com carinho).









"Tempo, tempo, mano velho
falta um tanto, ainda, eu sei
pra você correr macio"

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

3 Comments:

Nathy said...

amiga..
sem palavras...
texto...
maravilhoso!
por ser uma descrição de fatos da tua vida...
por ser um desabafo...
e por eu ter acompanhado tudo...
simplismente ..
lindo!
te amooooo
tesourinhooo
bjooo

verner. said...

mesmo com a alma partida, continue com um sorriso nos lábios.
;*


pra algria de todos nós.

te amo.

Frank Lima said...

o tempo passa e nunca nos acostumamos com a morte.

bom texto, boa reflexão.

 
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